sexta-feira, 6 de maio de 2011

Palavras ao vento...

Aqui estou eu:

A menina que eu era. A pessoa que sou e a mulher que serei
As três de nós tão dependentes uma da outra

A menina que eu era

Risonha, descuidada, jovem (a vida era um jogo em que eu sempre ganhava).
Destemida, gastando de tudo, confiando em todos.

A pessoa que sou

Ainda risonha, nem tão descuidada, ainda jovem e vencendo o jogo da vida, mas jogando com regras adultas. Temerosa de si mesma, amando a muitos, confiando em poucos, mas feliz e contente com todos. De nada precisando, senão de tempo para crescer, expandir-se, amadurecer e descobrir, dentro de si mesma, os comos e os porquês.

A mulher que serei.

Risonha, idealista, coração jovem, vencedora no jogo da vida usando as leis divinas. Temerosa do mal, amando tudo o que é bom, confiando no Senhor, desfrutando as alegrias que vêm de um casamento selado pelo Espírito Santo da Promessa, e abençoada com filhos maravilhosos enviados por Deus.
Como poderão as três de nós emergir como filha inocente e humilde de Deus?
Sou hoje o que fiz ontem, e serei amanhã o que faço hoje.
Qualquer protelação de minha parte me fará culpada, e pecarei por falta de humildade, se ignorar as necessidades alheias.

Acorde !!

As recompensas futuras só serão alcançadas, quando se lutou e sofreu por elas. As lágrimas do verdadeiro arrependimento - o coração quebrantado e depositado aos pés de Cristo. As compensações do amanhã, estão reservadas somente para os bravos, os fortes, os mansos, os humildes, os inocentes.
A mulher em que me tornarei depende do que sou agora.
Será muito injusto que sua salvação dependa de alguém tão orgulhosa, fútil, medrosa e fraca como sou agora. Por que deixá-la pagar pelos meus erros?
Tenho que ter muito cuidado, portanto, pois não é só minha alma que preciso salvar de mágoas futuras. A dela também, e a da menina que fui -
As três de nós como que pendentes de um salgueiro curvado ao vento
Aqui estou eu:
A menina que fui, a pessoa que sou e a mulher que serei.
(Karen Slater, Improvement Era, maio de 1969, p.57)

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