segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ser Mãe!!

Nós estávamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em começar uma família.

"Nós estamos fazendo uma pesquisa", ela diz, meio de brincadeira. "Você acha que eu deveria ter um bebê?".

"Vai mudar a sua vida", digo eu cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

"Eu sei", ela diz. "Nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas...".

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela.
Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar "E se tivesse sido o MEU filho?".
Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de "Mãe!" fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade.
Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

"Você jamais se arrependerá", digo finalmente.

Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe."


Autor desconhecido

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Felicidade!!!

Muito.. mais muitoo Feliz.. sonho se realizando!!!
logo logo Boa noticias!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Invisivel!!!

Tudo foi acontecendo aos poucos.

Eu Falava e ninguém ouvia.
Eu dizia: “Desliguem a TV, por favor.” E nada.
Então eu gritava: “Desliguem a TV, por favor!”
E depois de repetir várias vezes, eu mesma tinha que desligá-la.
Eu percebi isso em outras situações.
Meu marido e eu estávamos numa festa há horas, eu já estava pronta para ir embora e fui saindo.
Ele estava conversando com um amigo e continuou conversando.
Ele nem se virou. Foi então que eu percebi, ele não consegue me ver.
Eu sou INVISÍVEL! Eu sou INVISÍVEL!

Eu fui notando cada vez mais.
Eu levava meu filho para a escola e a professora perguntava: “Jake, quem é essa com você?”
E ele dizia: “Ninguém!”
Ele só tem cinco anos e eu já sou: “Ninguém!”

Numa noite dessas, nosso círculo de amizades se reuniu celebrando a volta de uma amiga da Inglaterra. Janice contava tudo sobre a viagem e eu olhava as outras mulheres na mesa.
Eu tinha me maquiado no carro, usava um vestido qualquer e meu cabelo sujo estava com um prendedor velho. Estava me sentindo ridícula.
Janice veio até mim, e disse: “Eu te trouxe isto.” Era um livro sobre as grandes catedrais da Europa.
Eu não entendi até ler a dedicatória: “Com admiração, por tudo de bom que você constrói e ninguém vê.” Não se sabem os nomes de quem construiu as grandes catedrais. Você procura, mas só acha: “Construtor desconhecido, desconhecido.” Eles completaram obras sem saber se jamais seriam reconhecidos.
Há uma história sobre um dos construtores que estava esculpindo um passarinho que seria coberto por um telhado.
Alguém lhe disse: “Por que gastar tanto tempo fazendo algo que ninguém verá?”
E aqui diz que ele respondeu: “Porque Deus vê!” Eles acreditavam que Deus vê tudo.
Deram sua vida por obras que nunca viram concluídas.
Algumas catedrais levaram mais de 100 anos para ficarem prontas.
Isso é muito mais que uma vida útil de um trabalhador. Sacrificaram-se dia para não terem qualquer reconhecimento. Numa obra que não veriam concluída.
Um dos escritores chega a dizer que nenhuma grande catedral será novamente erguida, porque há pouquíssimas pessoas dispostas a tanto sacrifício.
Eu fechei o livro e era como se Deus me dissesse: “Eu te vejo! Você não é invisível para mim.
Nenhum sacrifício é tão pequeno que eu não veja. Eu sorrio ao ver cada bolo, cada botão pregado.Vejo cada lágrima de decepção quando as coisas vão mal. Mas lembre-se: você está construindo uma catedral. Ela não ficará pronta durante a sua vida.
E, infelizmente, você nunca entrará nela. Mas se você construí-la bem, eu entrarei.”
Às vezes, a invisibilidade me afligia
Mas entendi que ele não é a doença que apaga a minha vida.
Ela é a cura para a doença do egocentrismo. É o antídoto para o meu orgulho. Não importa se os outros não me vêem.
Não importa se meu filho não disser a um amigo que for lá em casa: “Você não vai acreditar no que a minha mãe faz: Ela acorda às quatro da manhã, cozinha, passa roupa…
 Ainda que eu faça tudo isso. Eu quero que meu filho se sinta feliz ao voltar pra casa e diga a seu amiguinho: “Você vai adorar ir lá em casa!”
Não importa se os outros não me vêem.
Não trabalhamos para as pessoas, trabalhamos para Deus. Sacrificamos-nos por Ele.
Os outros nunca prestarão atenção, por melhor que trabalhemos. Fique como um monumento para o nosso Deus!

terça-feira, 10 de maio de 2011


"Eu queria ir pra um lugar onde eu tivesse uma sensaçãozinha, ilusória que fosse, de que tinha alguém prestando atenção em mim."


Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Palavras ao vento...

Aqui estou eu:

A menina que eu era. A pessoa que sou e a mulher que serei
As três de nós tão dependentes uma da outra

A menina que eu era

Risonha, descuidada, jovem (a vida era um jogo em que eu sempre ganhava).
Destemida, gastando de tudo, confiando em todos.

A pessoa que sou

Ainda risonha, nem tão descuidada, ainda jovem e vencendo o jogo da vida, mas jogando com regras adultas. Temerosa de si mesma, amando a muitos, confiando em poucos, mas feliz e contente com todos. De nada precisando, senão de tempo para crescer, expandir-se, amadurecer e descobrir, dentro de si mesma, os comos e os porquês.

A mulher que serei.

Risonha, idealista, coração jovem, vencedora no jogo da vida usando as leis divinas. Temerosa do mal, amando tudo o que é bom, confiando no Senhor, desfrutando as alegrias que vêm de um casamento selado pelo Espírito Santo da Promessa, e abençoada com filhos maravilhosos enviados por Deus.
Como poderão as três de nós emergir como filha inocente e humilde de Deus?
Sou hoje o que fiz ontem, e serei amanhã o que faço hoje.
Qualquer protelação de minha parte me fará culpada, e pecarei por falta de humildade, se ignorar as necessidades alheias.

Acorde !!

As recompensas futuras só serão alcançadas, quando se lutou e sofreu por elas. As lágrimas do verdadeiro arrependimento - o coração quebrantado e depositado aos pés de Cristo. As compensações do amanhã, estão reservadas somente para os bravos, os fortes, os mansos, os humildes, os inocentes.
A mulher em que me tornarei depende do que sou agora.
Será muito injusto que sua salvação dependa de alguém tão orgulhosa, fútil, medrosa e fraca como sou agora. Por que deixá-la pagar pelos meus erros?
Tenho que ter muito cuidado, portanto, pois não é só minha alma que preciso salvar de mágoas futuras. A dela também, e a da menina que fui -
As três de nós como que pendentes de um salgueiro curvado ao vento
Aqui estou eu:
A menina que fui, a pessoa que sou e a mulher que serei.
(Karen Slater, Improvement Era, maio de 1969, p.57)